quarta-feira, 12 de junho de 2013

Entrevista: Roberto Torao



Poucos guitarristas são conhecidos apenas pelos seus reviews lançados, quase todo guitarrista lança review de alguma guitarra ou de algum equipamento, é claro que eles são importantes para carreira, mais importante ainda para quem pretende adquirir algum equipamento, mas nenhum guitarrista ficou tão conhecido fazendo reviews quanto Roberto Torao, além de ótimo guitarrista, ele tem um estilo próprio de filmar, produzir e editar seus vídeos, além de funcionais, todos eles ensinam como tirar o melhor timbre da guitarra, ou do pedal que ele estiver divulgando, o mais interessante é ver como as vendas aumentam após um produto ser lançado por ele, por essa razão trouxemos até o Blog o maior test man do Brasil, senhoras e senhores: Roberto Torao.

Total Tone: Olá Roberto, primeiramente eu gostaria de te agradecer por estar participando deste projeto que é o Blog Total Tone, onde tentamos mostrar músicos de qualidade para um público que não conhece tanto sobre o assunto, Roberto, você é médico, é guitarrista e é um dos maiores test-man's de quase todos os pedais que o mundo conhece, fala pra gente quem é o Roberto Torao, de onde veio e como conheceu a música:

Roberto Torao: Sou de Recife-PE, mas morei fora do país nos USA e CANADÁ em algumas fases da minha vida, conheci a música através dos LP em Vinils de música clássica e Jazz da minha mãe, depois conheci o Iron Maiden numa fita K7 de um amigo meu, foi aí que começou a história nas guitarras.



Total Tone: Nem todo mundo da música sabe que você é médico, a sua equipe e seus colegas de medicina sabem que você é músico? Se sim, como eles reagem ao ver seus vídeos com 50, 60, 150 mil views na internet?

Roberto Torao: Desde que entrei na faculdade de medicina, alguns colegas já sabiam que estava envolvido com música e sabem até hoje. Muitos ainda não sabem desse “sucesso” no youtube, atualmente tenho mais de 2.4 milhões de views e com mais de 20 mil assinantes, muito mais que alguns youtubers gringos famosos, com o detalhe que meu público é apenas no Brasil enquanto que nos outros é mundial.

Total Tone: Você toca apenas guitarra e violão ou chegou a estudar outros instrumentos?

Roberto Torao: Arranho baixo também, tenho uma visão de outros instrumentos, não sou capaz de reproduzir tocando, mas posso criar em MIDI num sequencer.

Total Tone: Os seus vídeos de reviews são os mais acessados do youtube Brasil, a venda de alguns produtos até aumenta depois que você os testa, como você se tornou o maior test-man do Brasil? Como surgiu o Torao dos Reviews?

Roberto Torao: Surgiu meio de teste, nada sério, pra tentar expandir e variar o conteúdo no canal que até então era de home Studio, não tinha o know-how e maturidade de captação de áudio e vídeo que tenho hoje, foi meio na raça e deu certo. Sempre busquei fazer o próximo review melhor que anterior em qualidade de imagem e som e ainda continuo buscando esse objetivo.



Total Tone: Além de músico você também é médico, como você faz para conciliar as profissões?

Roberto Torao: Procuro fazer nos horários de folga, sem prejuízo da medicina, é totalmente viável.

Total Tone: Hoje, você ainda estuda? Você consegue ter uma rotina de estudos mesmo com a vida agitada de instrumentista e médico?

Roberto Torao: Sou um eterno estudante e sempre vou ser, ainda tenho muito que aprender. O tempo é limitado com toda a vida particular, profissão, mas tento aproveitar ao máximo. 

Total Tone: Vou fazer uma pergunta, que é uma curiosidade pessoal, mas tenho certeza de que não é só minha, sua coleção de pedais é muito grande, você tem noção de quantos pedais você tem?

Roberto Torao: Nem eu sei, uma coisa é certa, são centenas. :D

Total Tone: Você também tem algumas guitarras, sendo que algumas delas são verdadeiras jóias, você poderia nos dizer qual é o seu arsenal hoje?

Roberto Torao: MusicMan John Petrucci, MusicMan John Petrucci BFR, MusicMan Steve Morse Y2D, Fender Jeff Beck, Fender Telecaster 60th Anniversary, Ibanez SAS, Walczak V-Rod, Walczak GT-500 Custom, Elifas Guitarra Baiana, e uma Seizi Television que em breve estarei doando pra um amigo meu. Tem mais 2 guitarras vindo, mas vocês vão saber em breve. 



Total Tone: Você tem muitos amplificadores ou costuma usar apenas um? Se muitos, quais são?

Roberto Torao: Tenho alguns: são o Bogner Alchemist, Orange Tiny Terror Combo, T-Miranda T-Clean, T-Miranda Classic800, Gato Preto Vira-Lata, Bruschi G-40H, e tem mais dois chegando em breve T-Miranda Dark Knight, e o T-Miranda Rocket Man. Tem outros pra chegar, mas quando pintar aqui eu dou um grito pra vocês.

Total Tone: Com todos esses equipamentos, como você escolhe o que usar?

Roberto Torao: Parece contraditório, mas procuro usar o mínimo de equipamento possível e a menor distancia de cabos entre eles, uso cabos da Santo Ângelo VCPOD, fiz alguns bem curtos de 1.5m, o som é bem melhor pra gravar. É muito intuitivo, escolho um pedal que acho que pode ficar bom, se não ficar legal, eu vejo outra opção, depende muito da escolha da guitarra e amps, cada pedal tem um som que se adéqua melhor a eles.

Total Tone: Hoje, quais são seus projetos musicais?

Roberto Torao: Definitivamente é resgatar o valor da música e do músico.

Total Tone: O que você planeja para um futuro próximo?

Roberto Torao: Continuar a escrever mais músicas novas, tenho planos de lançar um CD instrumental de guitarra baiana e outro voltando as raízes do heavy metal. 



Total Tone: Roberto, lhe agradeço por responder as nossas perguntas, a sua participação foi muito importante aqui para o Blog, gostaria que você deixasse uma dica, que te conhecendo hoje, acredito que você seja a melhor pessoa para dar, uma vez que você conhece todos, ou quase todos, os timbres possíveis de se obter com uma guitarra - pra quem não tem muitos equipamentos, qual o segredo pra se montar um bom timbre? 

Roberto Torao: Invista numa excelente guitarra, ao invés de dividir a grana com guitarra+amp+pedaleira, parece um absurdo, mas é aonde o som se inicia na cadeia, com anos você troca de cabos, pedais, amps, mas provavelmente a guitarra vai ser a mesma.


Total Tone: Muito obrigado pela entrevista, foi um prazer enorme te conhecer e aprender um pouco mais sobre o Roberto Torao do Reviews e o Dr. Roberto Torao, muito obrigado mesmo.


Musas do Rock! - Com Juliana Vieira

Meninas que tocam guitarra sempre chamam a atenção, uma menina tão nova e tocando tão bem, chamou tanto a atenção dos fãs como as das grande empresas, Juliana Vieira é endorse da Roland, empresa que representa a Fender Guitars, Boss e outras marcas de alto nível aqui no Brasil, toca em uma das bandas mais famosas da cena underground, Replace, faz apresentações na Expomusic, reviews de novos equipamentos e tem mais 100.000 fãs cadastrados em Blog, Facebook, G+ e outras mídias, tudo isso antes dos 20 anos! E é por tudo isso que hoje ela participa do post: Musas do Rock! Com vocês, Juliana Vieira.

Total Tone: Olá Juliana, agradeço desde já a sua participação aqui no Blog Total Tone, gostaria que você começasse falando pra gente um pouco sobre você e como a música surgiu na sua vida.

Juliana Vieira: Olá Total Tone. Eu sempre tive curiosidade por guitarra. Meu tio é guitarrista e sempre que eu ia a casa dele eu pegava as guitarras e ficava fingindo que sabia tocar alguma coisa rs. Mas eu só comecei a aprender a tocar com 14 anos.

Total Tone: Além de guitarra você toca outros instrumentos?

Juliana Vieira: Toco violão, mas tenho noção básica de baixo e bateria.

Total Tone: Com certeza você estudou muito pra chegar até aqui, como é sua rotina de estudos na guitarra? E como você faz pra conciliar escola, guitarra, banda, gravação, shows, entrevistas, endorses, sem falar nos os reviews de novos equipamentos e tudo mais, qual a mágica pro seu dia ter 120 horas?

Juliana Vieira: hahahahaha muitas vezes eu fui pra escola virada dos shows. Em 2011 eu me formei e comecei a focar mais na música. Até hoje eu faço aula prática e estudo teoria na fundação das artes. Agora no meio do ano eu vou começar minha faculdade, ai eu vou voltar a dormir 4hrs por dia haha.

Total Tone: Você é endorse da Boss, imagino que você tenha acesso a vários pedais, no seu uso profissional, com a banda Replace, você costuma usar os sistemas digitais como a Boss GT-100 ou prefere usar de sistemas analógicos com vários pedais ligados em série?

Juliana Vieira: Eu sempre usei pedaleira por ser mais prática e também sai mais em conta do que um set de pedais. Antes de ser endorse da BOSS eu já tinha a pedaleira Me-70 e estava muito satisfeita com o som. Ano passado foi lançada a GT-100 e eu tive meu sonho de consumo realizado haha. É uma pedaleira incrível, prática e muito fácil de manusear, diz a lenda que ela faz até café hahahaha

Total Tone: Quais guitarras você costuma usar? Tem algum modelo preferido?

Juliana Vieira: Minhas preferidas são as Fenders, eu tenho uma Fender American Stratocaster deluxe HSS, uma Fender Telecaster 72 (sou apaixonada por ela) e recentemente eu ganhei da Roland uma Fender G5, essa guitarra permite simular som de telecaster, stratocaster, humbuckers, violão, cítara e etc.

Total Tone: Você entrou no Replace em um momento crítico pra banda, era um momento bem "down" e cheio de incertezas, você entrou e deu um "up" na coisa, meio que renovou o fôlego da galera, como foi a sua entrada na banda? Como você conheceu os meninos e chegou ao posto de Guitarrista?

Juliana Vieira: Foi uma surpresa receber o convite, minha primeira banda fazia cover de "Ponto de Paz" (Primeiro single de sucesso da Replace), o Deivid assistiu meu vídeo no Youtube e me mandou inbox perguntando se eu me interessaria em fazer teste pra ser a nova guitarrista da banda, na hora eu aceitei e marcamos os testes.

Total Tone: Quase todos os leitores do blog, tem ou tiveram banda algum dia e fica a pergunta, e é raro ver uma única garota na banda, como é ser a garota da banda?

Juliana Vieira: Hoje em dia nem é tão novidade assim. Cada vez mais tem novas meninas se destacando no mercado, eu sempre fui o tipo de menina que ficava no grupo dos meninos, minha infância foi jogar bola, soltar pipa, brincar de peão e etc haha então eu estou acostumada a ser a única menina do grupo. O legal é que eles me tratam como a "menina indefesa" hahahhahaha


Total Tone: Quais os planos para o resto do ano e começo do ano que vem, com a banda e com sua carreira solo de guitarrista/endorse?

Juliana Vieira: Estou muito ansiosa para a Expomusic 2013. Estou preparando minhas composições e esse ano vai ter uma grande novidade, estou também gravando reviews de novos produtos da BOSS / Roland pra vocês, essa semana nós vamos terminar a gravação das novas músicas da Replace e vamos começar a trabalhar no novo videoclipe da banda.

Total Tone: Como faço para acompanhar a carreira da Juliana Vieira?

Juliana Vieira: Diariamente posto fotos e vídeos na minha página do facebook: https://www.facebook.com/pages/Juliana-Vieira/213899198639546

Total Tone: Juliana, muito obrigado novamente, gostaria que você deixasse um recado para seus fãs, os fãs do Replace e principalmente para as meninas que estão lendo esta matéria, e sentem vontade de empunhar uma guitarra, uma bateria, mas falta aquela pitada de coragem.


Juliana Vieira: Muito obrigada pela oportunidade Total Tone. Gostaria de agradecer todo mundo que acompanha a minha carreira e da banda. E aguardem que grandes novidades estão por vir. Acredite sempre em seus sonhos! Muitas pessoas vão dizer que você não é capaz e que isso não é pra você. Mas é só confiar em si mesmo e em Deus, que o que é seu já está escrito!   ;)


domingo, 2 de junho de 2013

Dica de Luthier: Pentatônica por Oitavas - by Edu Duarte

Hoje deixo aqui no dica de luthier mais um vídeo do meu parceiro Edu Duarte, com certeza um dos melhores guitarristas do país, um ótimo professor e um talento nato das 6 cordas, espero que vocês gostem de mais essa dica:

Vídeo com técnica de frasedo

Aprenda a tocar: Queen Of California - John Mayer Live

Gostaria de postar o vídeo aqui no Blog, mas a máquina virtual do Blogger anda muito ruim e atrapalhando as minhas postagens :( vou acabar trocando de provedor!!!



Entrevista: JON NETO



Unir técnica ao feeling é umas das tarefas mais difíceis que um músico deve fazer ao compor uma música, músicos com muita técnica e nenhum feeling, soam robóticos, sem vida, alguns guitarristas são extremamente rápidos, porém deixa a musicalidade de lado e criam música para músicos, você até gosta do que esta escutando, devido a complexidade de se criar aquilo que se esta ouvindo, mas não é o som que você ouviria em uma festa com os amigos por exemplo, no entanto, músicos com muito feeling e sem nenhuma técnica, não conseguem compor grandes obras, uma vez que sem o conhecimento não há como fazer algo realmente bom, alguns músicos, músicos diferenciados conseguem unir os dois mundos, técnica e feeling, este é o caso de Jon Neto, que é o entrevistado de hoje aqui no Blog Total Tone – senhoras e senhores: JON NETO.

Total Tone: Jon muito obrigado por participar deste projeto, é muito bom para nós aqui da Total Tone mostrar músicos de qualidade como a sua aqui no Blog, diz pra gente, como a música surgiu na sua vida?

Jon Neto: Infelizmente a tradição musical não faz parte da história da minha família, ela começou comigo no ano de 1993 quando amigos me mostraram uns vinis dos Beatles, achei o som fantástico, naquele momento decidi aprender violão, a guitarra surgiu quando conheci AC-DC. Não deu pra segurar o impulso de tocar.

Total Tone: Você toca diversos estilos e toca todos muito bem, qual a sua rotina de estudos, para se manter sempre no ritmo?

Jon Neto: Eu já estudei muito, principalmente nos anos 90, até meados de 2003, mas nunca foi o tipo de estudo enfadonho, cheio de exercícios. Eu simplesmente tocava porque amava tocar, tirava musicas, tocava junto, tentava improvisar. Eu era aficionado por qualquer instrumento de cordas solando. O estudo teórico surgiu como necessidade e curiosidade de aprender mais sobre a guitarra. Desde então não tenho rotina de estudos, eu pratico somente quando tenho que gravar e quando tenho gigs.

Total Tone: Alguns guitarristas tem modelos de escalas preferidos, você tem algum? Qual?

Jon Neto: Não tenho. O que tenho são alguns vícios que procuro eliminar sempre quando estou por gravar um trabalho novo. Como faço isso? Eu esqueço a guitarra por pelo menos seis meses, não pego nela, com isso eu elimino o que tenho como vício, e só então começo a produção de um trabalho novo.

Total Tone: Qual o seu equipamento de palco hoje?

Jon Neto: Eu curto pedais de efeito, principalmente phaser e chorus, curto também o Wah Wah. Não tenho o costume de usar delay e reverb, e drive só de amp, pedais de drive são, de certa forma ‘mentirosos’, os harmônicos são ‘falsos’ demais pro meu gosto. Então o que uso é: Amplificador valvulado da Alien Tube Amps, o EVOLUTION, pedais phaser e chorus, wah e um afinador. E dependendo a gig uso só o Amp.

Total Tone: Você tem três músicas de autoria própria lançadas no sound cloud, que podem ser ouvidas e baixadas através de seu site, quando ouviremos mais autorias de Jon Neto?

Jon Neto: Na verdade eu tenho 2 Cd’s gravados, que estão disponíveis pra download no meu site. Eu postei apenas algumas musicas no Sound Cloud. Atualmente estou em processo de produção do meu terceiro Cd instrumental (os seis meses sem pegar na guita já passaram). Creio que estará pronto até setembro de 2013.

Total Tone: A música Formiguinhas é bem legal, pelos efeitos criados pelo estéreo e tudo mais, como nasceu essa música?

Jon Neto: Eu tenho um processo de composição diferente, não sento e penso: ‘o que vou usar?’ ou ‘como posso fazer essa música?’, minhas musicas nascem assim: eu simplesmente pego a guitarra e toco! A musica está pronta na minha cabeça, eu só passo pro instrumento, no caso de formiguinhas não foi diferente, lembro como foi, eu estava chegando em casa e tive com aquele som na cabeça, eram cerca de 14hs, pluguei a guita e toquei, em 10 minutos ela estava gravada, mostrei pro meu irmão (Helio Ribeiro) que foi o baterista do primeiro Cd, em seguida ele gravou a bateria e pronto. Essa foi a ‘produção’ de formiguinhas. Lógico que depois que tinha todas as musicas do álbum ‘Jon Neto 2006’ formiguinhas foi devidamente regravada, mas tal qual a pré produção.



Total Tone: Como você cria os seus timbres de guitarra? Qual o som que você busca obter com uma pedaleira nos pés?

Jon Neto: Eu não tenho nem nunca tive por base um som específico de um guitarrista que eu curta. Procuro encurtar o caminho, gosto de um som cru, com pouco drive, com muitos harmônicos e dinâmico. Mesmo porque o timbre não vem de um pedalboard ou de um amp, tampouco de uma guitarra. O timbre característico de um bom músico vem de suas mãos, vem de conseguir fazer do instrumento uma extensão de seu corpo, de conseguir passar pro instrumento seu caráter e personalidade. Penso assim com relação ao resultado final do trabalho, da produção de uma musica ou de um álbum. Como toco musica instrumental não gosto de muita compressão, nem de um som muito ‘grande’, isso acaba limitando a dinâmica, achatando a bateria, os solos.

Total Tone: Você além de músico profissional também é professor, para quem quiser ter aulas com você, como faz para te contatar?

Jon Neto: Atualmente estou impossibilitado de dar aulas online, recentemente mudei de endereço e ainda não há suporte pra internet. Mas logo esse problema será sanado. Quem quiser aula presencial para Passo Fundo e região, basta enviar email para: jonneto@jonneto.com


Total Tone: Você faz Work Shop em escolas pelo Brasil afora, eventos, ou outras coisas do gênero? Se sim, como devemos fazer para entrar em contato com você para este fim?

Jon Neto: Faço sim, o caminho mais curto pra entrar em contato comigo é pelo meu site, www.jonneto.com, atreves do email: jonneto@jonneto.com

Total Tone: Em quais projetos você está envolvido hoje?

Jon Neto: Fora minha carreira solo, sou guitarrista da banda Jimmy Dog, a banda também está em processo de gravação do segundo Cd.

Total Tone: Tem alguma surpresa para o público até o fim do ano? Quais são os seus projetos para o fim do ano, começo de 2014?

Jon Neto: Pretendo ter em mãos meu terceiro Cd até setembro.

Total Tone: Na sua opinião, o que falta para a música de qualidade ser valorizada no Brasil?

Jon Neto: Falta um público de qualidade. A sociedade brasileira como um todo está á beira da vileza cultural. Nunca na história o que é vil, miserável e ordinário foi tão valorizado pela massa, incutido sim pela mídia e pela supressão de valores e bons costumes. Pode-se melhorar isso a longo prazo, se a música virar matéria obrigatória nas escolas. E isso somente funcionará se a família voltar a ser valorizada, pois a formação de um bom caráter se dá em casa, na família, e não na escola. Somente uma pessoa de bom caráter e bons costumes, instruído de forma musical correta poderá, no futuro, mudar a realidade musical no Brasil.

Total Tone: Você é endorse de alguma empresa? Qual?

Jon Neto: Sim, sou endorsee da Tagima, Alien Tube Amps, Tesla Pickups, GOTOH, F!RE Custom Shop, Solez, Groove, Palhetas Ferez e Basso Straps.

Total Tone: Para quem quiser seguir o seu trabalho e se manter atualizado com os seus lançamentos, como deve fazer, onde deve acessar?

Jon Neto: O caminho mais curto, meu site; wwww.jonneto.com

Total Tone: Jon muito obrigado por participar aqui do nosso Blog, espero que você tenha gostado de participar desta rápida entrevista, gostaria que você deixasse uma dica pra quem quiser ser músico profissional no Brasil, ainda mais com a população tão culturalmente atrasada que temos e que não sabe valorizar uma música bem Harmonizada, Orchestrada e Composta.

Jon Neto: Eu agradeço imensamente o pessoal do Blog, muito obrigado pela atenção e pelo espaço. Minha dica pra quem quer ser musico profissional no Brasil é: dedique-se, instrua-se, doe-se pelo que você acredita, doe-se pelo seu trabalho. Seja sincero na sua musica, seja sincero com você mesmo. Não busque o sucesso, ele é consequência de um bom trabalho e não o motivo do labor. Essa inversão é perigosa, o ‘artista’ pode até encher o bolso, mas vai encher o bolso enchendo o ouvido do outro de merda! Empobrecendo ainda mais a intelectualidade (ou falta dela) musical do povo brasileiro.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Live In: CAZAVELHA com Retro Rock!




Hoje iniciamos um novo post, já aviso que como estes serão raros, pois não tenho como estar viajando sempre e acompanhando as bandas, o Live In irá acompanhar os shows das bandas underground com a intenção de te deixar com vontade de ir ver o show da banda, nada melhor que começar com uma banda de Rock!

Fui ao CAZAVELHA em Tatuí, um barzinho que comporta música ao vivo para prestigiar a banda RETROROCK, a banda formada por João Rodrigues no vocal, Rafael Oliveira na guitarra/vocal, Ricardo Sansa guitarra, Willian Morgan no contra baixo e Ricardo Teles na bateria, teve como palco um ambiente que era bem confortável, com mesas e espaço para se locomover, pois é, era – já no começo do show não tinha como andar dentro da casa, a banda que mandou cover's de grandes nomes dos anos 60, 70, 80 e 90 agitou a casa, o ponto alto na minha humilde opinião foram os cover's de metal, hard rock e rock in roll, ouvir Guns N' Roses, Metalica e Rolling Stones no mesmo show foi muito bom, o vocalista da banda João Rodrigues tem um timbre muito bom, presente da mãe natureza, que abrange vários sub-genêros do Rock de forma muito competente, os timbres de guitarra estavam sensacionais, seguidos por uma cozinha de primeira qualidade, um dos lances que mais me chamaram a atenção foi a preocupação da banda em fazer um som de qualidade e para que o som da bateria não se tornasse algo que incomodasse os ouvintes, a banda usou uma bateria eletrônica da Roland, claro que o baterista preferia usar uma bateria real, de madeira, mas é muito ver que eles poem o público em primeiro lugar.

O show que durou das 22:30h às 02:00h foi repleto de surpresas, dentre elas uma música tocada com um violão pelo Ricardo Sansa, algo que nunca tinha visto a banda fazer, com ambiente agradável e som de primeira linha o CAZAVELHA se tornou um verdadeiro point da cidade, a banda que prometeu voltar a casa dispensa comentários, ótima sonoridade, repertório e interação com o público, o show terminou e ficou aquele gostinho de quero mais no ar, prova clássica de quando um show é bom ou não!









Realmente foi um ótimo show, se você não conhece a banda RetroRock siga a banda no Facebook, se você já conhece a banda mas não conhece o CAZAVELHA, procure no Facebook a página da casa, se você conhece a banda, a casa e mesmo assim não foi no show, perdeu! Até o próximo Live In.

Entrevista: PETHALLIAN



Pra você que curte o som mais pesado das guitarras distorcidas do Heavy Metal, com letras que nos levam de volta ao século XVIII e IXX, essa banda é a sua cara, com letras que ligam o passado e o presente, trazendo Jack - O Estripador de volta a vida, a Banda Pethalian é nossa banda entrevistada de hoje, a banda de Tatuí interior de São Paulo traz uma sonoridade que tem como base a raiz do Heavy Metal, com temas muito bem elaborados, suas músicas são uma verdadeira máquina do tempo, contando histórias de um cenário Londrino alá Sherlock Homes; não que este seja o único tema que a banda aborde, mas com certeza está entre os preferidos pelos compositores da banda: Marcos e Fernando, a proposta da banda é fazer um som sincero e sem fazer aquele “Heavy Metal Módinha” de metaleiro de fim de semana, se você nunca ouviu um Heavy Metal tradicional, do final dos anos 70, começo dos anos 80, eis a salvação para seus ouvidos. Senhoras e Senhores, com vocês PETHALLIAN.

Total Tone: Olá galera do PETHALLIAN, sejam bem vindos ao Blog Total Tone, em primeiro lugar eu gostaria de saber um pouco mais sobre a banda, da onde veio, pra onde vai, como surgiu o PETHALLIAN?

PETHALLIAN: O Pethalian nasceu no final de 2009 e praticamente nasceu das cinzas da banda Pethallon, que foi uma banda em que na época, final dos anos 90, começou a ter uma repercussão na cena do Gotic Metal, mas a nossa proposta atual é esquecer completamente o rótulo Gotic e cair de cabeça no Heavy Metal raiz, que é o que estamos fazendo agora.

Total Tone: E a formação tem sido a mesma desde o início da banda, ou algum dos membros é novo na banda?

PETHALLIAN: Teve algumas alterações, do ensaio que você acabou de assistir o membro novo é o baterista, Willian Rochel, que era baterista do Simptomen, ouve uma troca de baterista ai, e no momento nós estamos precisando de uma segunda guitarra porque as músicas foram gravadas com duas e isso atrapalha um pouco a questão de harmonização.

Hoje a banda PETHALLIAN é formada por Marcos Riva no vocal, acompanhado por Ellà Néll, Humberto Masçau no Contra Baixo, Willian Rochel na Bateria e Fernando Almeida na guitarra.

Total Tone: E as músicas da banda, vocês mesmo compoem, vocês tocam cover's ou acabam misturando tudo nos shows?

PETHALLIAN: Como em todo show de Metal, a galera curte os cover's, então fazemos uma mistura das nossas músicas com músicas cover's dentro do nosso estilo.

Total Tone: E as composições do PETHALLIAN, quem escreve a maioria delas?

PETHALLIAN: As letras são escritas pelo Marcos Riva e as melodias, a maior parte o Fernando Almeida, as linhas vocais as vezes Marcos Riva, as vezes Fernando Almeida, em geral o Fernando Almeida já traz a melodia bem estruturada, mas sem a letra, as vezes com a linha vocal, as vezes sem, ai o Marcos Riva complementa com a letra.



Total Tone: Fernando, quando funciona seu processo de composição? Alguns guitarristas começam compor a melodia a partir de um riff, outros criam as composições em torno de uma base e vem complementando com riffs e por último um solo, como você faz?

Fernando Almeida: Depende, as vezes “vem” um riff e já sai a melodia de um refrão, as vezes “vem” a base, cada música nasce de um jeito.


Total Tone: Ellà Néll, você entrou na banda logo no começo, veio ainda da época do Pethallon, ou entrou mais recentemente na banda?

Ellà Néll: Eu entrei no PETHALLIAN desde o começo, na época do Pethallon eu apenas acompanhava a banda, mas como fã.

Total Tone: Humberto, sobre as linhas do contra baixo, ela chega pronta para você, nas composições criadas pelo Fernando, ou você constrói as linhas do contra baixo?

Humberto Masçau: O Fernando traz as linhas de guitarra e eu crio em cima das linhas de guitarra dele.

Total Tone: A maioria dos baixistas costumam seguir a linha do pedal de bumbo para criar suas linhas de baixo, assim criam uma ponte entra a bateria e as guitarras, você não, existe alguma razão especial para isso?

Humberto Masçau: Não tem uma razão especial, é meu feeling, tem horas que a música pede isso, tem horas que não, eu não sou um baixista muito técnico, eu crio o que eu acho que soa legal, se banda concordar com o que sair, fica na música.

Total Tone: Quais são suas influências, o que você escuta e que você tenta puxar pra banda?

Humberto Masçau: As minhas referências desde moleque são Sepultura, Metalica, Antrax e etc.

Total Tone: Você costuma usar efeitos no contra baixo?

Humberto Masçau: Não, eu gosto do som do baixo cru mesmo.



Total Tone: Fernando, como que monta o timbre de sua guitarra? Por exemplo, como você monta o timbre de seus solos?

Fernando de Almeida: Costumo usar o overdrive, quase sempre é o mesmo que uso para, mas adiciono mais reverb.

Total Tone: E você quando está compondo, você já pensa no efeito da guitarra durante o processo de composição, ou voc^costuma compor com o som limpo e vem produzindo os efeitos e testando o que funciona melhor?

Fernando de Almeida: Eu costumo compor com a guitarra desligada, ou com um amplificador pequeno e com o som limpo, depois venho produzindo a guitarra em cima do que eu compus.

Total Tone: Hoje você usou uma Les Paul, você sempre usa esse tipo de shape, já usou outros, como você escolhe a guitarra pra usar na banda?

Fernando Almeida: Eu tenho uma Jackson também, Fly in V, com captação EMG ativo, a pouco tempo comecei a usar a Les Paul.

Total Tone: E qual timbre é mais a cara do PETHALLIAN? Fly in V ou Les Paul?

Fernando Almeida: Não tenho uma preferência de timbre, como os captadores da Fly in V são ativos, ela fica com um timbre próximo da Les Paul, não tenho uma guitarra preferida não.



Total Tone: Humberto, seu contra baixo é ativo e passivo, como você prefere usar? Qual o timbre de baixo do PETHALLIAN?

Humberto Masçau: Eu costumo usar o ativo, com o som mais gordo e bem encorpado, pra gerar mais peso na banda.

Total Tone: Marcos, quando você esta compondo a letra da música, você escuta a melodia e fica pensando o que aquele som te lembra ou você já tem uma ideia pronta, como surge a letra em cima de uma melodia que o Fernando já criou?


Marcos Riva: Olha, quanto a letra, geralmente eu já tenho vários temas guardados aqui na mente pra eu poder usar, como se fosse um arquivo, que eu acho que encaixa com determinado tema (melodia), mas com relação as composições melódicas, eu e o Fernando já tocamos a muito tempo junto, então um já sabe como o outro funciona, fica uma coisa muito fácil quando chega com todo o instrumental pronto.
Total Tone: Ellà Néll, quando você entrou na banda, e começou a cantar com o Marcos Riva, que tem um timbre de voz grave, que as melodias do Fernando Almeida que também cria melodias de tom mais graves, como você fez para entrar com a sua voz ali no meio da banda?

Ellà Néll: Olha, eu sofro pra entrar com a minha voz ali no meio, o Iago que sabe na hora de gravar.

Marcos Riva: Ainda mais agora que eu estou pressionando ela, pra ela ter um vocal mais agressivo, então ela sofre mais ainda comigo agora.


Ellà Néll: É rsrsrs, eu costumo acompanhar o timbre dos instrumentos, se eles estão graves eu acompanho, se agudo também, para mim era difícil fazer as melodias mais graves, e eu não conseguia encontrar um meio ali para a minha voz ficar legal, até que eu comecei a jogar os agudos, chegando nas oitavas ideais, e mesmo assim é trabalhoso encontrar a afinação.

Marcos Riva: E nesse segundo trabalho nosso que nós estamos lançando, que é um split CD, que está saindo pelo selo Português Metal Soldiers, junto com o Symptomen e uma banda de metal de Portugal chamada Stone Rush, a tônica da concentração do trabalho foi essa, pegar o vocal da Ellà Néll e fazer soar agressivo, porque a música do PETHALLIAN esta cada vez mais agressiva, dentro do padrão do Heavy Metal tradicional, o timbre está pesado porque estamos usando uma afinação baixa, então necessitava que tanto eu, quanto ela, começassemos a soar mais agressivo no vocal, até mesmo pra gente fugir de vez do rótulo Ghotic Metal.

Total Tone: E como que está o PETHALLIAN hoje, com relação a CD, estrutura, shows e etc? E quais os planos para o PETHALLIAN, até o final do ano, começo do ano de 2014?

PETHALLIAN: Bem, como você agora está morando aqui e está vendo, a cena musical de Tatuí é meio morta, espero que mude, já tivemos esperanças de crescimento, principalmente com a banda anterior, mas tivemos tantas decepções ao longo do caminho, tanto com integrantes, quanto com estrutura que ultimamente andamos humilde de mais até com relação a planos e objetivos, mas se as coisas começarem a acontecer, claro que queremos crescer, seria bem vindo, mas sem perder as raízes, agora que a gente encontrou a gente não vai abrir mão disso.

Total Tone: mas vocês tem pretensão de buscar show pra fora do interior, no centro de São Paul opor exemplo?

PETHALLIAN: Tem uma coisa que limita e muito as bandas, que é a realidade econômica, a maioria tem empregos, que tomam conta de todo o dia e fica difícil sair de uma determinada região, por uma questão de tempo, mas o que estiver dentro de nosso alcance faremos sim, estamos apenas aguardando a oportunidade.


Total Tone: E pra quem produz shows de Metal, ou outra pessoa que queira contratar o show da banda, como faz pra encontrar o PETHALLIAN?

PETHALLIAN: Bom, o acesso básico tem sido o Facebook ou o Facebook dos integrantes:





Total Tone: Fora o PETHALLIAN, vocês tem outra banda, ou outra atividade ligada a música?

PETHALLIAN: O Marcos Riva gosta muito de escrever, tem planos de lançar um livro, nada certo ainda, mas tem uma página na revista Road Crew todo mês falando de horror e ocultismos no heavy metal e o Fernando trabalha em outra banda também o Withlast.

Total Tone: A gente vive em um país que qualquer coisa mau composta vira sucesso, como é pra vocês, que passam muito tempo produzindo as músicas, para ter algo de qualidade, vocês veem futuro no Brasil, ou fazem como outras bandas de metal e procuram um público fora do país?

PETHALLIAN: Olha, eu acho que está mais fácil entregar o Brasil para os funkeiros e ir embora daqui, é que não temos condições, antigamente a gente idealizava e imaginava ter uma banda pra conseguir chegar a algum lugar, hoje em dia, parece que a meta é sobreviver na cena, manter a banda, com o nome, as pessoas (integrantes), ensaiando, gravando, isso virou a meta, isso antes era a base, e por quê? Porque a cultura do Brasil é triste, a gente se envergonha com o estado que está a cultura do Brasil, o brasileiro que consome música como funk, sertanejo e pagode, mostra sua incapacidade de compreender a si mesmo e ao mundo, é uma vergonha.



Total Tone: Existe um projeto no Congresso, de que música se torne uma matéria obrigatória nas escolas no Brasil, você acha que aprendendo música, entendendo o que é música de qualidade, isso possa mudar?

PETHALLIAN: Só esse fator isolado não irá fazer com que melhore, vai criar mais bandas na cena, mas a iniciativa é válida, música é algo que deveria estar no curriculum escolar, assim como o inglês que nunca foi valorizado e hoje nós sentimos falta de uma boa educação no inglês.

Total Tone: Galera, eu agradeço muito pela entrevista, agradeço ao Iago por ter deixado a gente usar o estúdio, e eu queria que vocês deixassem um recado pra quem está lendo esta matéria:

PETHALLIAN: Nosso recado é, se você tem banda, não desista da banda, mas não crie castelo de sonhos, porque o conário está ruim, nó continuamos a acreditar, quem gosta de ter banda, sempre tem na adversidade ou não, nós somos teimosos, a gente vai acabar morrendo fazendo isso, esperamos que o nosso trabalho renda algum fruto.

Total Tone: É, se não render pra gente, que renda para as próximas gerações, porque hoje estamos lutando por eles! Muito obrigado mesmo pessoal.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Agenda TotalTone: RETRO ROCK no CAZAVELHA

Pra galera de Sorocaba, Tatuí, Cerquilho, Capela do Alto, Cesário Lange e região, e pra quem mais quiser pegar a estrada e vir até a Capital da Música prestigiar o show da Banda Retro Rock, fica postado aqui o Flyer do evento com o endereço e horário do show, e é claro que o Blog Total Tone estará presente para fazer a cobertura do evento!